ASSUNTOS DIVERSOS .



DOENÇAS CARDÍACAS.

Chama-se doença cardíaca a que ataca o coração, músculo que bombeia o sangue, por meio de movimentos ritmados, e o faz circular por todo o corpo, levando oxigênio e nutrientes para todos os órgãos e tecidos. Esse nome genérico inclui, em realidade, vários tipos de moléstias, congênitas ou adquiridas.

Adquiridas

Degenerativas - resultantes de arteriosclerose.

A partir dos 15 anos de idade, isto é, já na primeira juventude, inicia- se o processo de depósito de gordura nos vasos sangüíneos. Por se tratar de entupimento lento e silencioso, pode causar um derrame cerebral ou um ataque cardíaco no adulto, se o fluxo de sangue for totalmente bloqueado. As formas de prevenção têm sido insistentemente recomendadas pelos médicos: não fumar, manter dieta alimentar saudável, praticar exercícios físicos e controlar a pressão arterial.

Efeitos de outras doenças - como Doença de Chagas e Febre reumática.

· Doença de Chagas - Infecções causadas pelo Trypanossoma Cruzi (hospedeiro do inseto Barbeiro) podem provocar insuficiência cardíaca (dilatação do coração) ou alterações do ritmo cardíaco (arritmia). Pode haver necessidade de implante de marcapasso ou transplante cardíaco.

· Febre reumática - Infecções de garganta causadas por bactéria do grupo Streptococus (beta) hemolítico podem provocar a febre reumática. Muitas vezes ocorridas na infância, acabam prejudicando as válvulas do coração, com conseqüente cardiopatia reumática.

Coronarianas - Ocorrem quando a circulação do sangue pelas artérias coronárias é insuficiente e o músculo cardíaco se torna flácido por falta de nutrientes. O coração aumenta de tamanho e passa a funcionar mal. Os sintomas são: edema (inchaço) nos pés e pernas; dispnéia (dificuldade de respirar), mesmo em repouso; asma cardíaca; congestão pulmonar (acúmulo de líqüido nos pulmões). O diagnóstico é feito por meio de exames, como eletrocardiograma e cintilografia, para estudo da perfusão miocárdica.

Nos casos mais simples, o tratamento é realizado com medicamentos, repouso e dieta adequada, com restrição de sódio.

Nos casos graves, é indicada a cardiomioplastia (um músculo artificial é colocado, de modo a envolver o coração debilitado, e um estimulador é implantado no abdome, para sincronizar os batimentos cardíacos) ou o transplante cardíaco.

Congênitas

São doenças transmitidas durante a gestação ou devidas a alterações nos cromossomas.

A prevenção de doenças cardíacas inicia-se durante a gestação, quando a mãe procura levar uma vida saudável e ter acompanhamento médico pré-natal. Ela não deve fumar, consumir drogas ou bebidas alcoólicas. Deve vacinar-se contra doenças que possam provocar más formações no feto, como rubéola, sífilis, caxumba, sarampo, toxoplasmose. É importante contar ao seu médico se existem doenças cardíacas na família.

Infarto

Uma das doenças mais temidas por homens e mulheres é o infarto, que pode ocorrer sem nenhum aviso prévio, por obstrução de uma das artérias coronarianas. A interrupção do fluxo sangüíneo ocasiona falta de irrigação miocárdica localizada, seguida de graves alterações que levam à necrose das fibras cardíacas. A vítima deve ser levada com urgência ao hospital.

Sintomas

  • Dor violenta ou aperto no peito.
  • Dor que se irradia para braços, ombro ou pescoço.
  • Suor frio, náuseas e vômito.
  • Falta de ar.
  • Vertigem ou desmaio.
  • Sensação de morte iminente.

Tratamento

Deve ser feito em UTI (Unidade de Terapia Intensiva), para prevenir complicações maiores e para dissolver, através de trombólise, os coágulos que podem se formar no local da obstrução. Exames posteriores vão indicar a necessidade de implantar veia safena ou mamária (alternativa de passagem para o sangue que vai irrigar o músculo cardíaco) ou angioplastia (um balão de borracha é introduzido na artéria para esmagar a placa de gordura que a obstrui).

Nas mulheres, o infarto costuma ser mais grave que nos homens, possivelmente devido aos hormônios que tornam a parede do músculo cardíaco mais fina. O uso de anticoncepcionais e o hábito de fumar aumentam o risco de a mulher infartar.

Fatores de risco para doenças do coração

  • Colesterol alto
  • Triglicérides alto
  • Diabetes
  • Hipertensão arterial
  • Estresse
  • Obesidade
  • Sedentarismo
  • Tabagismo


OSTEOPOROSE.

Osteoporose, que significa osso poroso, é uma doença resultante da perda gradual da substância óssea que ocorre naturalmente com o envelhecimento, em todos indivíduos. Isso produz fragilidade do osso e aumenta o risco de fraturas, especialmente do quadril, coluna e punho.

Para entender como a osteoporose se desenvolve, é necessário conhecer alguma coisa sobre a estrutura e função do osso.

O esqueleto ósseo é um tecido vivo e complexo; dá suporte aos músculos e proteção a órgãos vitais. Também armazena o cálcio, essencial para numerosas funções orgânicas, incluindo a manutenção da densidade e força dos ossos.

O organismo usa o cálcio dos ossos quando não existe ingestão suficiente ou quando há necessidade adicional, como na gravidez e na lactação, por exemplo.

Durante a vida, os ossos são constantemente formados e reabsorvidos, ou seja, o osso velho é removido e um novo osso é adicionado ao esqueleto. Na infância e adolescência, a adição ocorre mais rapidamente do que é a reabsorção e, como resultado, os ossos ficam maiores, mais pesados e mais densos.

A formação permanece mais rápida do que a reabsorção até que o pico de massa óssea (máxima densidade e força do osso) é alcançado, por volta dos 30 a 35 anos. A massa óssea é maior no homem do que na mulher e também é maior na raça negra.

Depois dos 30-35 anos, a reabsorção óssea lentamente começa a exceder a formação. Para a mulher, a perda óssea é muito maior durante os cinco anos seguintes à menopausa, porque a ação protetora do hormônio estrógeno diminui, porém persiste nos anos seguintes. O homem também perde osso, mas numa taxa muito menor.

Após os 70 anos existe outra forma de osteoporose que acomete tanto homens quanto mulheres, a osteoporose senil, própria do envelhecimento.

A osteoporose é um fator de risco para fraturas assim como a hipertensão é risco para infarto do miocárdio ou derrame cerebral; se o osso é mais fraco, um trauma mínimo ou uma queda pode causar uma fratura ou um colapso vertebral




TRABALHAR MUITAS HORAS SENTADOS PODE SER PREJUDICIAL A VIDA!

Segundo estudo da Sociedade Americana de Câncer, não é apenas a quantidade de atividade física que pode influenciar o risco de morte, mas também a grande quantidade de tempo gasto sentado. Pesquisadores alegam que o tempo que se passa sentado está associado com o nível de mortalidade, independentemente dos níveis de atividade física. Tanto homens quanto mulheres com este sedentarismo e menor atividade física se mostraram 48% e 94%, respectivamente, com maiores chances de morrer, se comparados com os que alegaram ficar menos tempo sentados e praticarem mais exercícios.

Para explorar a associação entre o tempo sentado e a mortalidade, pesquisadores analisaram as respostas dos exames de mais de 123 mil pessoas (53.440 homens e 69.776 mulheres) que não tiveram histórico de câncer, ataque de coração, derrame, enfizema ou outras doenças pulmonares entre 1993 e 2006). Eles examinaram a quantidade de tempo gasto sentado e a atividade física em relação à mortalidade, nos participantes cadastrados no Estudo de Prevenção ao Câncer, realizado desde 1992 pela Sociedade Americana de Câncer.
De acordo com os pesquisadores, diversos fatores podem explicar a associação entre o tempo gasto sentado e maiores taxas de mortalidade por diversas causas. Ficar sentado por muito tempo pode ter importantes consequências metabólicas e podem influenciar fatores como altas taxas de triglicérides, lipoproteína de alta densidade, colesterol, glicemia de jejum, repouso da pressão arterial e a leptina, que são indicadores da obesidade, problemas cardiovasculares e outras doenças crônicas.

A mulheres que relataram ficar mais de seis horas sentadas durante o dia, tiveram a taxa de mortalidade de 37% maior durante o período do estudo, do que para aquelas que disseram ficar sentadas menos de três horas por dias. Já os homens que declararam mais de seis horas ao dia tiveram a probabilidade de morte 18% maior do que os que relataram menos de três horas por dia. A associação se manteve praticamente inalterada após a apuração dos níveis de realização de atividade física. O risco de mortalidade por doenças cardiovasculares era mais forte do que o câncer.


Dica: levante da cadeira


O ato de ficar sentado, normalmente é associado ao descanso, mas o trabalho e algumas atividades cotidianas exigem esta postura diariamente. Com o passar do tempo, os nossos tendões ficam naturalmente mais curtos. Porém, para aquelas pessoas que passam muito tempo sentadas, esse encurtamento acontece mais cedo. Mais um motivo para as dores aparecerem. Isso acontece porque os discos intravertebrais - responsáveis pelo amortecimento do impacto dos movimentos - ficam muito pressionados, causado inflamação nos nervos e, por isso, a dor nas costas e o desvio postural. Eventualmente, isso pode levar a problemas mais sérios como a hérnia de disco.

Quando se fica tempo demais sentado, alguns problemas podem aparecer com maior facilidade, como dores nas costas, comprometimento da circulação e obesidade. Portanto, para quem precisa trabalhar sentado, a opção não é mudar de emprego. Exitem atitudes muito mais simples como: fazer alongamento do corpo, espreguiçar-se, para dar maior oxigenação ao organismo, fazer uma pausa a cada hora ou uma hora e meia sentado para alongar o pescoço e a coluna e mexer as pernas."É importante que a pessoa crie o hábito de alongar-se para reposicionar o corpo, tentando alcançar o equilíbrio postural.